Adeus a Juan Giménez, o mestre da arte na ficção científica

Em 2009 eu (MILSON MARINS) e JOSÉ VALCIR, recebemos  um convite para participar do I Seminário Paraibano de Quadrinhos, a convite de HENRIQUE MAGALHÃES, editor da MARCA DE FANTASIA. O tema era: Quadrinhos: reflexão e paixão, onde tinha a participação de EDGAR FRANCO (prof. Doutorado na UFG), ANTÔNIO CLÉRISTON DE ANDRADE(professor UFPE), MARCOS NICOLAU (UFPB) e CRISTIAN MALLEA, da Universidade de Palermo.

Lá conheci A LA PRODUTORA do CRISTIAN MALLEA, que além de outras publicações, publicou a coletânea de autores argentino na a CARNE ARGENTINA. E entre outras conversas sobre o mercado editorial argentino, perguntei sobre HORÁCIO ALTUNA e JUAN GIMÉNEZ.

Nesses anos de 2002, 11 anos depois, recebemos a noticia da morte de JUAN GIMÉNEZ. Além dele também o Daniel Azulay, que da mesma forma foi apontado como vitima do Convide19, que tem infestado o mundo de mortes.

Tenho respeito por ambos, mas tratar aqui de JUAN GIMENEZ, cujo falecimento foi recente. DANIEL AZULAY deixamos nossa homenagem na Prismarte, no artigo ADEUS A DANIEL AZULAY, UM VISIONÁRIO DA PRODUÇÃO NACIONAL dias antes.

Nascido em Mendonza na Argentina, mas vivei mais tempo na Espanha, em Barcelona. Suas obras colorizadas no pincel em aquarelas, que no auge de sua carreira foram grandes volumes de ilustrações e quadrinhos seguindo o mesmo padrão de qualidade de sua obra, sempre em qualquer tempo. 

Começo a desenhar aos 16 anos, para algumas revistas alternativas na Argentina: FRONTERA, MISTERIX e HORA CERO. Ingressando nos trabalhos publicitários, na argentina, aos 30 anos decidiu que iriam trabalhar profissionalmente com quadrinhos. 

Como qualquer desenhista, no começo de suas obras, GIMENEZ se inspirava em HUGO PRATT, mas foi durante os anos 80, ele colaborou com várias revistas européias, incluindo a edição espanhola de 1984 de JOSEP TOUTAIN, a francesa MÉTAL HURLANT e a italiana L'ETERNAUTA, experimentando inovações gráficas e narrativas. 

Seu trabalho neste período está relacionado principalmente a gêneros de guerra e ficção científica. Ele publicou seu primeiro lançamento em francês LEO ROA, que foi uma de suaa séries mais conhecida.

Suas obra também chegaram ao cinema, 1980, ele projetou o segmento "HARRY CANYON" do filme HEAVY METAL.

Fica aqui minha homenagem a esse gigante da arte de quadrinhos mundial, e que muito me inspirou a continuar desenhando e publicando. 


Tristeza é pela falta, mas como a morte é inevitável, fica a alegria pelo dever cumprido com uma trajetória inspiradora para a qualquer autor vivo.

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