A publicação do amigo José Valcir no facebook, a quem considero muito, ele relembra e destaca a edição que abriu caminho para outras mais, que nos fez chegar até a 66ª edição, lentamente, mas chegamos.
Pré-fácil
Mas história que antecede essa edição, foi a ideia de que tínhamos que apresentar algo diferente e inovador, no mundo das publicações alternativas, que chamávamos de fanzines, mas que um conhecido, amigo nosso, e experiente em publicações e quadrinhos, Lailson de Holanda, numa certa palestra disse:"Você não são fanzines, são revista, não importa a tiragem,... você são revista...". Isso ficou gravado e isso deu impulso nessas melhorias.Já tinamos saído de um ano de 10 edições, em 2003, (que foi o ano da volta de quase 10 anos hibernando) de publicação de capa monocromática (preto e branco) e já era hora de dá algo mais.
Lembro que essa edição quando chegou da gráfica, Valcir se prontificou a fazer o acabamento comigo, e passamos até a madrugada fazendo esse acabamento, porque faltava poucos dias para esse evento, onde ia estreia a primeira edição da Prismarte com capa colorida depois das publicações da Prismarte dos anos 90. Nós nos reinventamos e nos aperfeiçoamos.
O cenário dos quadrinhos em Pernambuco era esse: estávamos respirando os FIHQ-PE, que foi um dos maiores se não maior evento Internacional de Quadrinhos de PE, que foi idealizado por Lailson de Holanda. Era o começo do ano, em janeiro, e todos que são produtores de quadrinhos sabem que janeiro é o mês do Dia Nacional do Quadrinhos Brasileiro. Ano em que foi criado o primeiro quadrinhos no Brasil (porque não dizer no mundo). E fizemos um evento lembrando esse dia com nossa entrega de troféus aos autores que publicavam na Prismarte, Os Melhores da Prismarte, que foi realizado no MAMAM (Museu de Arte Aluizio Magalhães) no centro do Recife-PE. Não vou entrar em detalhes do evento, mas esse foi o cenário que foi lançada essa edição. Mas o mérito desta edição, também está com a história de capa, de Luciano Félix, que já muito talentosos e espontâneo, já nos fazia rir e fez o publico rir com essa história, e por isso tem crescido com mérito em sua publicações (série Wander, Mistiras e outras). Foi muito importante sua participação! E somos muito gratos por que ele foi um dos que impulsionou a continuidade dessa história. Na capa, Marco Marins reforçou a imagem do personagem que parodiava o Super-Homem, mas não era o próprio.
Artigo de José Valcir no facebook
Capa e contracapa da revista Prismarte, nº 11, de janeiro de 2004. Primeira "fanedição" brasileira com capa colorida, publicada pela Produtora Artística de Desenhistas Associados - P. A.D.A. Por ordem alfabética: Arnaldo Luiz, Áurea G. Farias (esposa de Milson Marins), José Valcir, Marco Marins e Milson Marins, editores e conselheiros editoriais. Colaboraram nessa edição, Luciano Félix, Arnaldo Luiz (com histórias em quadrinhos) e Emir Ribeiro (como entrevistado). O capista dessa edição foi o Marco Marins. Além disso, na contracapa, já avisávamos sobre o próximo número a ser publicado. O agente 000 Amaro Camarajjipe, criado por Marcelo Schmitz, daria o ar da graça - literalmente.
Pós-fácil
O que viria depois, foi a o que Valcir escreveu no anuncio da contra-capa desta edição #11, que anunciamos sobre Amaro Camarajipe, escrito por Marcelo Schimtz e na ocasião desenhando por Jean Carlos Galvão. Jean C. Galvão, anos depois teve um carreira muito atuante na revista recreio e publicações da editora Abril nos anos 90 e posterior. Eu tinha um boa relação de correspondência (não tinha internet e nem mídias sociais - mas tinha carta social) e levei um roteiro de Marcelo Schimtz para Jean, que logo fez essa maravilhosa hq do Amaro Camarajipe. Creio que foi um impulso para vinda de outros desenhista e foi o estilo mais diferente já empregado no personagem. Essa edição da Prismarte 11, foi o que desencadeou as demais edições de capa colorida e nos remeteu a outras edições e publicações, e a continuidade.
Faz 17 anos desse artigo onde ressalto a transição da PADA Publicações da capa monocrática para a colorida. Um grande momento na nossa trajetória evolutiva no meio editorial.
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